Uma Carta Aberta, assinada por liderança de vários segmentos, será entregue ao governador João Doria demonstrando a contrariedade da cidade de Mogi das Cruzes à instalação de um pedágio na Rodovia Mogi-Dutra. A aglutinação de todos os movimentos num único documento foi organizado pelo deputado federal Marco Bertaiolli. “Essa é procuração de toda a cidade para que possamos defender a nossa cidade dessa proposta absurda feita pela Artesp”, destaca o deputado.
O encontro aconteceu na Câmara Municipal de mais de 40 entidades compareceram à reunião, na tarde desta sexta-feira (29/11/2019). Estavam presentes entidades representantes de entidades de classe de diversos segmentos, entre empresários, produtores rurais, clubes de serviços, associações de bairros. Todos assinaram o documento sob o manifesto de “Pedágio, Não”.
No documento que foi assinado também pelos vereadores da Câmara Municipal e pelos deputados estaduais, Marcos Damásio e Estevam Galvão de Oliveira, Bertaiolli salienta a importa da Mogi-Dutra para o desenvolvimento de Mogi das Cruzes e de todo o Alto Tietê. Lembrou que a Mogi-Dutra foi construída com recursos da Prefeitura de Mogi das Cruzes, na década de 70, pelo então prefeito Waldemar Costa Filho. “A Mogi-Dutra nasceu de uma visão empreendedora do ex-prefeito Waldemar. Na época a nossa cidade havia sido segregada do crescimento, que passava às margens da nossa cidade pela Rodovia Presidente Dutra em direção a São José dos Campos. Não fosse essa rodovia, Mogi e o Alto Tietê não seriam as potencias que são hoje. Não podemos, agora, depois de tantos anos da estrada construída e em operação, segregar a cidade com a implantação de um pedágio”.
Bertaiolli, desde que a proposta foi apresentada pela Artesp, já se posicionou contrário à idéia que considera “esdrúxula”. Para o parlamentar, o fato de considerar que esse é um projeto que “já nasce morto”, não significa que não terá de haver uma mobilização por parte da cidade. “Precisamos mostrar a força de Mogi das Cruzes numa única só voz, como já fizemos em outras ocasiões”, salienta o deputado, lembrando por exemplo do movimento “Aterro, Não”, que liderou quando foi prefeito de Mogi das Cruzes e que impediu a instalação do empreendimento no Distrito Industrial do Taboão.