Bertaiolli realiza da 1ª audiência pública do Estatuto do Aprendiz

Bertaiolli realiza da 1ª audiência  pública do Estatuto do Aprendiz

Bertaiolli realiza da 1ª audiência

pública do Estatuto do Aprendiz

 

Durante o evento, que ocorreu na Câmara Federal, foram ouvidas várias organizações e representantes dos jovens de todo o país. Estima-se que o Estatuto viabilize 1 milhão de novas oportunidades de emprego

 

A Comissão Especial do Estatuto do Aprendiz (Projeto de Lei nº 6.461/2019) promoveu a primeira audiência pública do ano, na última terça-feira (16/02/2022), com o objetivo de discutir o cenário atual e os desafios da aprendizagem. A reunião foi conduzida pelo presidente da Comissão, Felipe Rigoni (PSL/ES), e pelo relator do projeto, deputado Marco Bertaiolli (PSD/SP).

Para Bertaiolli, o principal objetivo do novo estatuto é impactar positivamente a realidade dos jovens, gerando 1 milhão de novas oportunidades de emprego e aprendizagem. “Que possamos garantir os direitos de todos os adolescentes e simplificar o entendimento da legislação. Hoje nós temos, por todo o país, diversas normas infralegais que precisam de uma consolidação”, afirmou Bertaiolli, que tem se dedicado a analisar as 104 emendas apresentadas ao projeto e realizar discussões com representantes do setor.

Em linhas gerais, o Estatuto do Aprendiz é o novo marco legal do trabalho de jovens entre 14 e 24 anos. Responsável por modernizar a legislação, regula e estabelece, de forma mais adequada, condições de trabalho, número de aprendizes que as empresas devem contratar, além de garantir a formação profissional e os direitos desses jovens profissionais.

De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Economia, o Brasil tem cerca de 460 mil jovens aprendizes. Mas, de acordo com Bertaiolli, a nova Lei triplicará o número de vagas ofertadas a jovens entre 14 e 24 anos de idade no mercado de trabalho.

“A situação do nosso país é alarmante. Para se ter uma ideia, temos 12,3 milhões de jovens que não estudam e nem trabalham, número que vem crescendo a cada dia. Com a atualização do normativo, vamos oferecer uma política pública de estímulo à formação e empregabilidade dos jovens”, acrescenta Bertaiolli.

            Contribuições

Foram convidados a debater o tema com os deputados, entre outros: osuperintendente-geral do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), Humberto Casagrande; o coordenador de Relações Institucionais da Fundação Roberto Marinho (FRM), Marcelo Bentes; o presidente da Federação Brasileira de Associações Socioeducacionais de Adolescentes (Febraeda), Antonio Roberto da Silva Pasin; o coordenador de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mário Volpi; e a diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Cláudia Costin.

Durante o debate, os representantes das organizações enfatizaram que o estatuto será um instrumento de extrema importância para a superação da crise de aprendizagem e do atual quadro de exclusão e desigualdade educacionais.

Para o presidente da Federação Brasileira de Associações Socioeducacionais de Adolescentes (Febraeda), Antônio Pasin, a aprendizagem precisa ser vista como política pública. “Tivemos muitos problemas socioeconômicos agravados pela pandemia. Para resolver essa crise de desemprego e inserir os jovens no mercado, é preciso unir esforços em prol da educação, trabalho e assistência social”, ressalta.

Já para a diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Cláudia Costin, que apresentou dados sobre a exclusão educacional, uma das soluções é incluir a aprendizagem no cotidiano das escolas e preparar cada vez mais jovens para o mercado de trabalho.