Após a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovar o projeto de reforma da Previdência, o deputado federal Marco Bertaiolli voltou a afirmar o compromisso de defender a manutenção dos direitos adquiridos pelos trabalhadores rurais, assim como a manutenção do pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Bertaiolli explica que a aprovação pela CCJ significa que a lei proposta pelo governo é constitucional. A partir de agora, uma comissão especial na Câmara dos Deputados será formada e terá início a análise do mérito do projeto. “A reforma traz uma série de itens que precisam ser analisados e estudados em todos os detalhes, por isso não é fácil simplesmente dizer que sou a favor ou contra este projeto que passou pela CCJ”, explicou o deputado.
“Vou votar a favor da reforma, porque tenho consciência da importância do projeto para o País, porém, reafirmo que iriei trabalhar contra alguns pontos desta proposta que passou pela CCJ”, afirmou Bertaiolli citando a aposentadoria rural e o BPC. “Aumentar a idade de aposentadoria e alterar o salário de um trabalhador rural são crueldades. Eu e toda a bancada do meu partido, o PSD, vamos nos empenhar para que este item seja retirado”, adiantou. “Também não poderemos alterar as regras de acesso ao BPC, o benefício pago aos idosos e às pessoas com deficiência que não possuem nenhum tipo de renda”, disse.
A FAVOR
Vice-líder do PSD na Câmara, Bertaiolli destacou que vai defender “a equidade na previdência pública brasileira”. “O salário pago ao aposentado não pode variar de acordo com a a renda durante a vida. É fundamental que a previdência garanta o mínimo a todos os trabalhadores”, ponderou.
“Vamos nos dedicar para que seja aprovada uma idade mínima e para que haja o fim dos privilégios”, garantiu Bertaiolli. Outra proposta que será defendida pelo parlamentar é a inclusão dos guardas municipais no mesmo regime previdenciário dos demais agentes de segurança pública, como os policiais militares.
A CCJ aprovou a admissibilidade da reforma da Previdência por 48 votos a 18. O texto estava em tramitação há dois meses. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, informou que pretende instalar a comissão especial ainda nesta quinta-feira (25/05). O objetivo é, em 60 dias, organizar a votação na comissão especial e, depois, no Plenário.