O deputado federal, Marco Bertaiolli, e o deputado estadual, Estevam Galvão, protocolaram nesta quarta-feira (27/11/2019) um ofício para o governador João Doria, o secretário estadual de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto, e para o diretor geral da Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo), Giovanni Pengue Filho, reforçando a posição contrária à instalação de um pedágio na Rodovia Mogi-Dutra. No documento, os parlamentares destacam o prejuízo que uma medida como essa causará para toda a Região do Alto Tietê, desde trabalhadores, moradores, empreendedores, estudantes e motoristas em geral que trafegam todos os dias pela rodovia.
“Esta proposta da Artesp é absurda”, destaca o deputado, que assim que esse projeto foi apresentado numa audiência pública em Mogi, já se posicionou contra. “Estamos oficializando apenas por uma questão burocrática, mas eu já me posicionei publicamente contrário. Inclusive estive com o vice-governador, Rodrigo Garcia, no último dia 4, e reforcei a nossa posição, assim como também já fez o deputado Estevam, no dia 5, um dia depois”, destaca Bertaiolli, ressaltando que a instalação de um pedágio na Mogi-Dutra vai contra tudo aquilo que eles defendem para Mogi das Cruzes e todo o Alto Tietê. “Nós precisamos de medidas que sejam indutoras do desenvolvimento econômico e social, e não o contrário”.
Bertaiolli destaca que, além do fato de já existir uma praça de pedágio na Rodovia Ayrton Senna, a instalação de um equipamento como este vai prejudicar também os moradores que residem em condomínios ao longo da rodovia, além da população de seis bairros conhecidos como Região da Divisa, por estarem localizados na divisa entre Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquá. “São centenas de mogianos que utilizam a Mogi-Dutra todos os dias. Não podemos permitir que estas pessoas sejam penalizadas”.
Há ainda os trabalhadores, que atuam junto às empresas do Distrito Industrial do Taboão, que poderão perder seus empregos. “Obviamente alguém vai ter de pagar esse custo a mais que os empresários terão; haverá queda na produção, aumento no valor dos fretes e até da matéria prima”, afirma Bertaiolli, lembrando ainda dos produtores rurais. “Imagina o produtor tendo de pagar dois pedágios para ir e dois para voltar todos os dias da Ceagesp?”, questiona o deputado.
DEFESA – Bertaiolli afirma que decidiu protocolar o ofício juntamente com o deputado Estevam Galvão e não assinou o documento encaminhado pelo Condemat em razão de este tratar de outros assuntos que não apenas a não instalação do pedágio na Mogi-Dutra. “Estamos convictos da inviabilidade da instalação desta praça de pedágio e cientes do ofício encaminhado pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê – CONDEMAT, que por nós não foi assinado tendo em vista a inclusão de matérias estranhas ao objeto central da discussão, que é o pedágio”, diz trecho do documento.