Criar mecanismo que possam promover a retomada da economia, fortalecer a produção e retomar a geração de emprego no comércio e nas pequenas e micro empresas. Esse é o grande objetivo do Cadastro Positivo, que foi tema de um debate no Espaço Democrático do PSD, em São Paulo, nesta segunda-feira (22/04), e contou com a participação do deputado federal e vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Marco Bertaiolli.
“Hoje, o que prevalece é o SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), o cadastro negativo, ou seja, o comerciante é informado sobre aquele que não pode comprar, porém, a relação de consumo evoluiu e ninguém mais quer saber quem não pode comprar. Agora, queremos saber, com segurança e tranqüilidade, quem pode e o quanto se pode consumir”, afirmou o parlamentar e vice-presidente da Facesp.
Na avaliação de Bertaiolli, o cadastro negativo é extremamente cruel com o trabalhador. “Por exemplo, quem tem uma vida inteira de bom pagador, fez aquisições e sempre arcou em dia com os compromissos, no entanto, motivado por um desemprego ou uma doença na família, deixa de pagar uma prestação do carnê, assim, todo aquele histórico de bom pagador passa a ser ignorado”, descreveu. “Neste cenário em que o cadastro negativo é a base da relação, o que prevalece é este único pagamento em atraso, o que é extremamente injusto. Com o Cadastro Positivo, o que vale é o histórico, que passa a ser preservado”, detalhou.
“O meu partido, o PSD; o senador Alfredo Cotait, presidente da Facesp; e o relator do projeto, o deputado federal Walter Ioshi; foram muito importantes para a aprovação do Cadastro Positivo, contudo, se não fosse o trabalho das Associações Comerciais, as verdadeiras representantes da livre iniciativa e dos empreendedores, esta nova ferramenta, que mudará a relação entre quem compra e quem vende, jamais entraria em prática”, afirmou Bertaiolli.
TAXA DE JUROS
Entre os principais benefícios gerados com o Cadastro Positivo estará a concorrência saudável pela taxa de juros. “A taxa passará a ser um produto negociável”, informou Bertaiolli. “O valor da televisão sempre será o mesmo”, explica o deputado federal, “contudo, o comerciante que quiser atrair bons consumidores, vai baixar a taxa de juros. Isso será benéfico ao trabalhador, que encontrará melhores condições de pagamento”, garantiu.
Bertaiolli adiantou que o objetivo agora será a divulgação desta nova ferramenta de consumo. “Estamos em uma grande cruzada de conscientização do Cadastro Positivo. É fundamental divulgarmos como esta nova ferramenta funciona e é este trabalho que passará a ser feito pela Facesp”, adiantou.
A reunião desta segunda-feira faz parte de uma série de Encontros Democráticos, que está sendo organizado pelo PSD. Participaram do evento: Alfredo Cotait, presidente da Facesp e da Associação Comercial de São Paulo, e ex-senador por São Paulo; Elias Sfeir, presidente-executivo da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC); e Walter Ioshi, presidente da Junta Comercial de São Paulo (Jucesp) e ex-deputado federal.